Economia na educação

Em tempos de crise e economia instável, com variações dos juros e da inflação e diminuição do poder aquisitivo e da disponibilidade de empregos, o filho pode representar despesas além do orçamento disponível. Para amenizar esse fato, é necessário que os pais se preocupem com os gastos destinados à educação das crianças com bastante antecedência – de preferência antes mesmo de elas nascerem. Que tal economizar na educação dos seus filhos? Veja as dicas do Colégio São Judas Tadeu, referência de escola na Mooca, para fazer esse planejamento.

Comece a poupar com antecedência

Pense no dinheiro da educação dos seus filhos como uma aposentadoria: você deve começar a poupar bem antes de precisar dessa verba. Claro que a situação ideal seria ter um bom montante reservado para a escola antes mesmo de os seus filhos nascerem, mas a realidade nem sempre é assim, então aprender como economizar na educação vai te ajudar e muito.

A regra do jogo é simples: quanto antes os pais começarem a juntar dinheiro, menor será a quantia a ser guardada por mês. Além disso, os pais ainda vão contar com a vantagem do cálculo dos juros sobre juros, o que aumenta a rentabilidade da aplicação, então comece o quanto antes a planejar a e economizar na educação dos seus filhos.

Se for possível começar a poupar assim que o filho nascer, o ideal é que os pais economizem cerca de 300 reais por mês para fazer uma reserva financeira e garantir o pagamento das mensalidades com educação.

Caso os pais decidam começar a poupar mais tarde, é interessante separar uma quantia mensal que seja equivalente à mensalidade escolhida. Essa técnica permitirá que a família tenha noção do real impacto desse gasto no orçamento da casa, além de garantir uma reserva caso aconteça algum imprevisto quando as aulas começarem.

Escolha um bom investimento para economizar na educação

Para obter os benefícios, o dinheiro não pode ser simplesmente deixado em casa. Em vez disso, ele ser aplicado em fundos de investimento com retorno maior do que aqueles oferecidos pela poupança, mas que ainda assim oferecem risco baixo e taxas de administração relativamente baratas.

Um dos investimentos mais recomendados para bancar a educação dos filhos é a previdência privada, principalmente porque os impostos sobre ela diminuem com o passar do tempo. Isso significa que, na hora de reaver a reserva financeira economizada, o imposto será menor.

Existem duas modalidades principais para os pais que estão preocupados em garantir as finanças da educação dos filhos: elas são o Plano Gerador de Benefício Livre e a Vida Gerador de Benefício Livre.

Plano Gerador de Benefício Livre – PGBL

O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é um investimento de longo prazo que pode ser feito em banco e seguradoras. Ele se trata de um tipo de previdência privada que, com o passar dos anos, traz algumas vantagens em relação aos tributos – para isso, são necessários pelo menos 10 anos de investimento.

Embora sejam mais utilizados para planejar uma poupança para a aposentadoria, também é possível recorrer ao Plano Gerador de Benefício Livre para fazer a reserva financeira para custear os estudos das crianças.

A vantagem tributária oferecida por esse plano é que ele torna possível o abatimento dos depósitos realizados durante o ano até um valor máximo de 12% sobre a renda bruta tributável do investidor.

É necessário estar em dia com a declaração completa do Imposto de Renda, com todos os abatimentos, para poder usufruir de todas as vantagens do Plano Gerador de Benefício Livre em relação aos tributos. Por causa disso, esse plano é mais indicado para os investidores que já optam por esse tipo de declaração.

Vida Gerador Benefício Livre – VGBL

A previdência privada do tipo Vida Gerador Benefício Livre (VGBL), por sua vez, é indicado para os investidores que fazem a declaração do Imposto de Renda pelo formulário simplificado, excedeu o limite de dedução de 12% da renda bruta anual ou é isento. Em todo caso, o Imposto de Renda será incidente apenas sobre os rendimentos do plano, e não sobre o valor total investido.

Foco e disciplina

Outra possibilidade mais simples de entender, porém com rendimentos mais baixos, é a poupança. Ela pode ser feita direto no nome do filho, assim que ele nascer, desde que a criança já tenha seu CPF (o cadastro pode ser feito para recém-nascidos). A vantagem desse procedimento é que ele evita que os pais retirem as reservas dessa conta para outros fins que não a educação.

Nesse caso, os pais deverão se organizar para depositar uma quantia todos os meses, conforme suas possibilidades. Para ajudar a manter a disciplina, é possível recorrer a depósitos programados no banco, o que evita esquecimentos.

Uma boa dica é aumentar o valor do depósito com o passar dos anos, reajustando-o anualmente. Além de cobrir a inflação, isso permitirá que o dinheiro renda mais.

Pesquise sempre, já de olho no presente

Planejar o futuro é essencial para garantir as finanças para a educação dos filhos, mas o presente não pode ser deixado de lado. Isso começa com a pesquisa sobre as mensalidades caso a família opte por uma escola particular.

Dependendo da localização e dos recursos oferecidos, as mensalidades podem variar de R$ 500 a R$ 8 mil reais em uma cidade como São Paulo, por exemplo. No momento da escolha da instituição de ensino, os pais devem levar em consideração o quanto é realmente possível dispender na educação sem criar dívidas. Por exemplo: optar por uma escola acima das possibilidades financeiras da família e deixar de pagar a fatura do cartão de crédito não é uma boa escolha.

Ensine seus filhos sobre a importância do dinheiro

Quando chegarem à idade de trabalhar, seus filhos poderão encontrar um trabalho que, mesmo simples, ajude a manter as despesas com sua educação – seja com material de estudos, livros ou transporte para a instituição de ensino. Para isso, eles precisam receber educação financeira desde cedo, aprendendo a poupar e a investir seu dinheiro.

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