Ao se pensar a literatura, deve-se apreendê-la de maneira viva, funcionando em uma dimensão
sociocultural.
Aqui, observam-se poemas que refletem e catalisam os sentimentos, as emoções e as sensações dos estudantes perpassados por meio das influências das VANGUARDAS EUROPEIAS. Este projeto teve como intuito – o objetivo de unir forma e conteúdo, a fim de se assimilarem não só os conceitos dessas modalidades artísticas literárias, mas também reconhecê-las ainda hoje como interferência/atuação positiva em diversas manifestações das múltiplas formas de arte.
Como excelentemente disse Antonio Candido: a literatura é um bem incompreensível, isto é, não se deve sonegar a ninguém. Por isso, entende-se sua necessidade universal, já que o fabular é inerente ao homem. No Colégio São Judas, as aulas de literatura têm como objetivo desenvolver a tríade da leitura: sensorial, emocional e racional. Sem esse tripé, a formação leitora se encontraria deficitária, porque: (1) o contato físico com o livro é importante, sua textura, seu cheiro etc.; (2) o reconhecimento de seus próprios sentimentos e dos sentimentos do próximo (a fim de respeitar a alteridade – outridade) por outros olhares; (3) a reflexão e a análise sociocultural-político-econômico das realidades das personagens nas narrativas de consagrados autores e seus impactos na realidade civil.
Novamente, pensou-se neste projeto como um amálgama da literatura com a visão de mundo do estudante. Assim, pode-se, por meio de olhos tão jovens, ampliar a realidade para se aproximar cada vez mais dos adolescentes num contexto pós-pandêmico tão complexo e caótico.
Talvez, de maneira modesta, a literatura seja um refúgio (único meio de escape) para o constante sofrimento da vida real, conforme pensava Schopenhauer… mesmo que de maneira efêmera, temporária.
O bom da literatura, aqui, é que se a adota como engajamento, engajamento esse ao se assumir como ser social, político e cidadão; no entanto, o mais importante: como ser que manifesta sua subjetividade por meio do discurso, principalmente o literário!
”Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.”
CECÍLIA MEIRELES
Prof. Me. Carlos H. T. de Araújo
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