Há dois contextos em casos mais sérios de indisciplina escolar. No primeiro, o aluno dá sinais de desobediência, insatisfação, irritabilidade e agressividade dentro do próprio ambiente familiar. Ao passar para o espaço da escola, ele transfere esse comportamento beligerante para docentes e colegas. No segundo, a indisciplina fica restrita na escola e se mostra quase assintomática no plano doméstico. Seja pela sensação de impotência, muito característica no primeiro caso, seja pelo susto e pela frustração ao descobrir a existência do problema por terceiros, os responsáveis tendem a carregar uma pesada carga de culpa nessas situações. Lidar com essa questão, no entanto, é algo menos raro do que se imagina.

Hoje, a indisciplina escolar é apontada pelos professores como uma das principais dificuldades nas salas de aula brasileiras. Em um levantamento nacional da Fundação Lemann, divulgado em 2015, ela ocupava o segundo lugar no rol de preocupações de mil profissionais do Ensino Fundamental ouvidos em todo o país.

O Brasil segue mal nessa área quando a comparação se estende para além de suas fronteiras. Em 2013, uma pesquisa feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontou que, aqui, o professor perde 20% do tempo de aula lidando com atos de indisciplina – a média no planeta é de 13%. Além disso, o estudo internacional sobre ensino e aprendizagem indicou que 60% dos docentes brasileiros consultados têm mais de 10% de alunos-problema, o maior índice dentre os 33 países participantes do levantamento.

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O comportamento inadequado de alunos está ligado, sobretudo, a desvios de atenção do conteúdo da aula, que geram conversas e brincadeiras entre colegas e atrapalham uma turma inteira. Mas a indisciplina frequentemente atinge graus mais preocupantes, que envolvem a prática de bullying, comportamento violento e desrespeito ao docente e, às vezes, atos de agressão verbal e até física contra o professor.

Para se ter uma ideia do quadro atual, entre fevereiro e junho de 2017, foi registrada uma média de quase duas agressões diárias a professores paulistas nos respectivos locais de trabalho desses profissionais.

Por mais que a atitude indisciplinada de uma criança não seja um problema dentro de casa, não há como descartar a influência que esse meio exerce na vida do aluno e na maneira como ele constrói suas relações em outros grupos. Por isso, combater a rebeldia envolve a união das esferas familiar e escolar em torno do mesmo objetivo. Nesse processo, o papel do coordenador pedagógico é fundamental Ele pode fazer a mediação necessária entre a criança, os responsáveis por ela, a escola e os bons princípios da educação, ouvindo todos os lados e buscando as melhores alternativas para cada caso. Leia mais aqui.

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Além disso, o Colégio disponibiliza vários projetos especiais, como Atualidades, Profissões, Comunique-se, Esportes e Redação . Também oferece projeto Bilíngue de Língua Inglesa  visando a preparar os alunos para os desafios contemporâneos e o mercado de trabalho.

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