Estamos vivendo uma epidemia de transtornos mentais, principalmente entre os jovens.
Esse é o tema que Jonathan Haidt explora em seu livro A Geração Ansiosa, trazendo alguns
pontos importantes para esse fenômeno. O primeiro deles é o impacto da hiperconexão.
A infância mudou radicalmente com o acesso constante às redes sociais e dispositivos móveis,
e isso tem um preço. O excesso de tempo online, principalmente em plataformas como
Instagram e TikTok, contribui para o aumento da ansiedade, da comparação social e da
insatisfação com a própria vida.
Outro ponto chave: a superproteção. Nos últimos anos, muitos pais têm tentado blindar as
crianças dos riscos normais da vida e isso acaba prejudicando o desenvolvimento da resiliência
emocional.
O que podemos fazer?
Primeiro, limitar o uso das redes sociais, principalmente para crianças e adolescentes, claro!
Mas, além disso, criar espaços de convivência offline e encorajar as crianças a enfrentarem
desafios reais, desenvolvendo sua capacidade de lidar com o mundo ao seu redor.
E não há melhor lugar que a escola, que é um dos últimos espaços onde as crianças têm a
oportunidade de conviver de verdade.
As interações cara a cara, as amizades, e até mesmo os conflitos são fundamentais para o
desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais. É onde os jovens podem experimentar,
errar e aprender com os erros. É um ambiente protegido e oferece desafios reais.
Quando jovens aprendem a colaborar, a expressar suas ideias e a lidar com frustrações em um
ambiente comunitário, eles estão adquirindo habilidades que vão levá-los muito além das salas
de aula.
Demonstre confiança no seu filho e encoraje-o a encarar as questões de frente.
Professor Danilo Pastorelli
