Cidadania no currículo escolar

Colaborar para a formação de pessoas autônomas e responsáveis, que conhecem e exercem seus direitos e deveres, mas se relacionam com outros indivíduos sem abdicar do diálogo, do respeito e de uma postura democrática e pluralista.

Essa missão não costuma ser o foco de qualquer disciplina do currículo escolar tradicional, mas deveria permear todas elas. Promover conceitos e a prática de cidadania é, sim, um papel que a escola deve assumir, contribuindo, também, para a formação moral dos alunos.

A cidadania no currículo escolar nas últimas décadas

No Brasil, entre 1969 e 1993, as disciplinas Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira (OSPB) constaram na grade curricular de todas as escolas. A primeira, que previa o culto à pátria e aos seus símbolos, tradições e instituições, era matéria do antigo Primário (o equivalente ao Ensino Fundamental atualmente).

OSPB, ministrada no Segundo Grau – hoje, Ensino Médio –, abordava a compreensão dos direitos e deveres dos brasileiros, além da organização sociopolítica e econômica do país. Apesar de a questão da cidadania surgir com destaque nos conteúdos, ambas as disciplinas foram afetadas pelo forte viés ideológico e um nacionalismo ufanista, típicos da ditadura vigente no país entre 1964 e 1985.

Com o fim da obrigatoriedade dessas duas disciplinas, muito do conteúdo mais evidente relacionado à cidadania migrou para disciplinas como Estudos Sociais, História e Geografia. No leque possível do tema há, dentre outros, mobilidade, ecologia, sustentabilidade e respeito étnico, religioso e sexual.

No Colégio São Judas Tadeu, escola na Mooca entre as mais tradicionais de São Paulo, a ideia é formar cidadãos atuantes na sociedade, com valores para melhorar o mundo em que vivemos. Tudo isso, claro, sem esquecer a preocupação de que o estudante encontre sua área de vocação e consiga um bom posicionamento no mundo do trabalho.

O desenvolvimento da cidadania dentro das melhores escolas

Há muitas as possibilidades atuais de integrar os alunos com o tema “cidadania”. No São Judas escola particular no bairro da Mooca, por exemplo, a disciplina “Empreendedorismo” instiga o processo de autoconhecimento. Desse modo, os alunos têm a chance de questionar e desenvolver traços de caráter, significando e valorizando suas ações, algo que contribui para atitudes sadias, dignas e éticas. Também existe um grande incentivo da escola e dos professores para dinâmicas em grupo, role playing (jogo em que os participantes, muitas vezes, fingem serem outras pessoas) e atividades que proporcionam a vivência de diferentes papéis sociais. Leia mais aqui!

Fora do ambiente de aula e estudo, o assunto ainda marca presença em palestras de especialistas convidados, que abordam e debatem temas estreitamente ligados a diversos campos da cidadania.

Durante o Ensino Médio, além da importância para uma formação mais completa de cada estudante, o assunto colabora para que os alunos se sintam mais integrados ao ambiente escolar, identificando-se com ele. Afinal, participar ativamente do mundo e mudá-lo de forma positiva são coisas que fazem parte dos sonhos de todos os adolescentes. A escola, ao lado do núcleo familiar, não pode se omitir no momento de sugerir bons caminhos para eles realizarem esses desejos. Clique aqui e leia mais.

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